Eu devia ter uns 12 anos quando ganhei o meu primeiro radinho de pilha. Estava na quinta série, lembro bem disso (haha, ficava ouvindo
Pânico com o
Fafá escondido durante as aulas - em 1995!) e foi nessa época que eu decidi que, um dia, ia trabalhar em uma rádio.
Meu radinho era pequeno, preto e tinha uns fones de ouvido. À noite, antes de dormir, passeava pelo dial em busca das músicas que eu mais gostava até então -
Take a Toke, do C&C Music Factory, era uma delas. Hahahaha! Enfim... com o tempo outras músicas surgiram (rs), mas a rotina noturna de procurá-las era a mesma.
Um dia a coisa esfriou, novos interesses surgiram e eu deixei o radinho preto de lado. Logo ele pifou. A vida passa rápido quando se é adolescente, e o que ia durar só uma fase ficou pra sempre. Não ouço mais rádio, muito menos à noite - afinal, agora eu preciso dormir às 22h...
holy cow.
Aí teve o apagão do dia
10 de novembro de 2009. Aquela coisa estranha, ninguém sabia o que tava acontecendo. Minha mãe já tava com o radinho dela ligado quando me lembrei que eu também tinha um - bem tosco, de camelô, que tava jogado há anos numa caixa - e
fully working! Peguei um fone qualquer e lá fui eu… deitei na minha cama e fiquei lutando por uma transmissão sem interferência, e vendo que o tal apagão era coisa séria de verdade…
… até que falaram um
certo nome.
No dia seguinte, lá fui eu de novo com o mesmo radinho passear pelo dial… só que não mais pra procurar determinada música. Agora a música, pra mim, era aquele nome.